quarta-feira, 20 de julho de 2016

O que o salario minimo me ensinou

Importante empresário passa seis meses vivendo com o salário mínimo
·                                                                                                                                                                         
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·        por http://incrivel.club/

Um importante empresário latino-americano, que administrava uma empresa líder em seu país, decidiu viver seis meses com um salário mínimo, para sentir na pele o que os trabalhadores que ele liderava viviam cotidianamente. Durante este tempo, o homem conheceu a forma como a maioria das pessoas vive em seu país.
Ele passou a ver quais são as necessidades reais do povo e nunca mais olhou para seus subordinados com os mesmos olhos.
Há anos, este administrador tomava as decisões mais transcendentais na empresa que dirigia. O seu cargo era um dos mais altos da companhia, e milhares de empregados dependiam dele. Seu trabalho era participar de reuniões da direção e de jantares de negócios, mas também visitar áreas de produção e cuidar para que tudo funcionasse sem inconvenientes.
Em suas visitas, sempre se aproximava dos funcionários e perguntava sobre seu bem estar, suas aspirações profissionais e ambições pessoais. Frequentemente, se deparava com respostas difíceis de serem ouvidas. Muitos empregados precisavam sustentar famílias numerosas com um baixo salário e encarar desafios impensáveis para se locomover pela cidade, sem se atrasar para o trabalho. Seus padrões de qualidade de vida eram mínimos.
Um dia, enquanto tentava desenvolver um sistema de incentivos aos funcionários, o empresário descobriu que entre ele e seus subordinados existia um verdadeiro abismo, impossível de ser cruzado. Suas formas de ver o trabalho e a vida eram totalmente diferentes, devido às circunstâncias sob as quais cada um se desenvolvia. Por um momento, ele pensou na diferença da remuneração recebida por cada um deles e se surpreendeu ao perceber que o seu salário era cerca de cem vezes maior do que o dos operários. Ele soube que, se não se colocasse no lugar das centenas de empregados, jamais conseguiria compreender suas verdadeiras necessidades, nem ser um bom líder para eles. Foi quando tomou a decisão: durante seis meses, viveria com o mesmo salário que os funcionários, buscaria uma casa que pudesse pagar com esse dinheiro, gastaria pouco no supermercado e usaria os mesmos meios de transporte que os empregados.
Com sua nova forma de vida, economizar até um centavo tornou-se impossível. Todos os meses, chegava aos últimos dias com dinheiro contado, e isso porque era um homem solteiro, sem a responsabilidade de cuidar dos filhos nem de manter uma família.
Seu salário permitiu que ele alugasse um quarto numa casa grande, onde moravam várias famílias. Enquanto sua casa tinha 500 metros quadrados, ele precisou se arranjar em 15 metros, desprovidos de todas as comodidades com as quais estava acostumado: TV a cabo, calefação, ar condicionado, uma bela vista para a cidade, prédio com câmeras de segurança, colchão ortopédico, cozinha espaçosa, empregados à disposição...
Comprava o que podia no mercado, e sua cesta básica era formada basicamente por farinhas e grãos. Raramente comia carne e nunca conseguiu comprar os produtos com o qual estava acostumado e que podia comprar com seu antigo salário.
Todas as manhãs, levava entre duas e três horas para chegar ao trabalho, e a volta para casa levava o mesmo tempo. Para se locomover, precisava pegar vários ônibus e, muitas vezes, chegava a esperar 30 minutos até que seu ônibus passasse. Segundo seus cálculos, gastava cerca de 20% do seu salário com passagens de ônibus.
Durante esse tempo, precisou ir ao hospital apenas uma vez, por causa de uma forte enxaqueca. Em vez de ser atendido rapidamente pelos médicos de seu plano de saúde, passou toda a noite numa sala de espera, exposto à luz e ao frio. Às 7 horas da manhã do dia seguinte, foi atendido por um médico que se limitou a prescrever analgésicos. Enquanto esteve ali, dividiu o espaço com mulheres grávidas, crianças pequenas, idosos... e todos esperavam com paciência.
Quando este homem voltou a sua antiga vida, foi capaz de ver e agradecer cada pequeno privilégio que havia recebido: a qualidade de sua educação, que lhe permitiu ser um administrador de sucesso, a sorte de sempre ter um prato na mesa e de poder escolher o que quer comer, a possibilidade de viajar e ampliar seus horizontes, o privilégio de viver em um bairro central e seguro, dentro de uma casa confortável, ter acesso a um bom serviço de saúde... A experiência que viveu lhe deu uma grande lição de humildade e de gratidão, da qual jamais se esquecerá. Aqueles seis meses transformaram seu interior e lhe permitiram chegar a ser o líder exemplar que é atualmente.
Como parte de seu trabalho, ajudou a promover a instalação de serviços dentro da empresa para melhorar a qualidade de vida dos funcionários. Com o passar do tempo, a companhia abriu uma creche para os filhos pequenos dos funcionários, aumentou o subsídio de transporte e começou a dar uma ajuda de custo para serviços médicos de qualidade, que inclui assistência psicológica.
Foto de capa: pexels

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